Prefeitura de Varginha

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Página Inicial A Cidade Patrimônio Cultural

Espaço da Memória Cultural de Varginha

O Município de Varginha – MG, através da Coordenadoria Técnica do Patrimônio Cultural  - COPAC, e do Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural – CODEPAC tem trabalhado, desde 1998 no sentido de preservar a memória da cidade. objetivando resgatar a memória e a história de um povo, através de documentos, inventários e tombamentos de bens antigos condenados ou não ao desaparecimento, bem como identificar nos dias de hoje a influência e as tendências de cada período. Varginha teve seu núcleo urbano, nas décadas de 1850 a 1880, definido entre as antigas ruas da Chapada (Wenceslau Brás), Direita (Presidente Antonio Carlos), São Paulo (Delfim Moreira) e as praças São Sebastião, largo do pretório (Praça Dom Pedro II e o Largo da Matriz). Mediante esta configuração urbana os IMÓVEIS, MÓVEIS, PRAÇAS e PARQUES mais significativos da época foram tombados.

COPAC - Praça Matheus Tavares, 121 - Centro - Varginha - CEP 37002-320

Fone: (35) 3690 2718 - E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.



BENS IMÓVEIS TOMBADOS


ANTIGA CADEIA PÚBLICA/Delegacia de Polícia

Pça. João Gonzaga, 91 - Propriedade: estadual


No final do século 18, Varginha já possuía uma cadeia de pequeno porte. Durante o conturbado período entre 1915 e 1918, a edificação mostrou-se insuficiente para sua finalidade, o que levou as autoridades à decisão de construir uma nova cadeia, no início dos anos 20. A princípio pensou-se em um edifício que abrigasse também o Fórum. Já em 1926, no entanto, o Fórum foi transferido para o antigo Palacete Villa Dona Vica, tendo lá funcionado até o ano de 1998. A construção da nova cadeia pública de Varginha ficou sob os cuidados do engenheiro Domingos Lúcio, resultando num edifício de dois pavimentos sóbrio e austero. Foi implantado junto à via pública em terreno com aclive, sobre base de pedras, mais alta do lado esquerdo do imóvel. Atualmente, o prédio da cadeia funciona apenas como delegacia.

cadeia



ESCOLA ESTADUAL BRASIL

Rua Rezende Xavier, 230 - Propriedade: estadual

Construído em 1933, o Grupo Brasil foi a segunda escola pública a ser instalada na cidade, e criada em época que incentivava o surgimento de várias escolas no Estado de Minas Gerais. O período privilegiava o art-deco com seus elementos geométricos e, sobretudo, o estilo eclético. Em 1965 o edifício foi alvo de grandes obras de reforma e ampliação. Dono de uma presença discreta e marcante pela sua sobriedade, o Grupo Brasil destaca-se pelo seu partido arquitetônico, dispondo as salas de aula de alvenaria de tijolos, em torno de um pátio em U, resultado tão acertado que até hoje se repete. A simetria se faz presente na fachada, com dois grupos de janelas, ladeando o alpendre da entrada. A destacar também, a sensação de horizontalidade dada pelo renque de janelas nas laterais e pela cobertura de telhas de barro sobre estrutura de madeira.

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JORNAL SUL DE MINAS (Antigo banco do Comércio e Indústria de MG)

Praça Matheus Tavares, 156 Proprietário: particular

Em função da efervescente vida comercial de Varginha, nas décadas de 20 e 30, novas edificações eram erguidas junto à área da Estação Ferroviária. O imóvel do Antigo banco do Comércio e Indústria de MG foi construído em 1930 e apresenta as características arquitetônicas em voga na época, janelas em arco pleno, platibanda escondendo o telhado, detalhes decorativos em massa, tudo representando o progresso e a pujança da cidade. O andar térreo abrigou, a partir de 1934 e até o final dos anos 50, o Banco do comércio e Indústria de minas Gerais que, juntamente com o Banco do Brasil, instalado no prédio ao lado, muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Até hoje é conservado o que resta de seu esmerado piso de ladrilho hidráulico, numa bela composição com o restante do piso em peroba. De propriedade do senhor Adauto Marques de Paiva, continua servindo como residência no andar superior, enquanto o térreo abriga Jornal Sul de Minas.

jornal



MUSEU MUNICIPAL DE VARGINHA (Antiga agência do Banco do Brasil)

Praça Matheus Tavares,178 – Centro - Propriedade: particular

O imóvel foi construído em 1920 para ser sede do banco do Brasil, justamente no coração comercial da cidade na época. Com dois pavimentos é uma sólida construção, aliou o estilo neoclássico ao eclético, com destaque para seu amplo salão térreo sustentado na parte central, por duas imponentes colunas com capitéis bastante trabalhados. O banco ocupou o andar térreo e o andar superior serviu como residência até a década de 60 . Após a mudança do banco , o local foi utilizado apenas como residência e o proprietário, senhor Aldamir Pinto Rezende, não mede esforços para a preservação do mesmo. As reformas realizadas não retiraram a imponência do conjunto. Atualmente, é sede do Museu Municipal de Varginha.

museu



PALACETE VILLA DONA VICA (Antigo Fórum)

Av. Presidente Antônio Carlos, 258 – Centro - Propriedade: estadual e municipal

O imóvel foi construído em 1913, na esquina de uma rua paralela à antiga matriz, para ser residência de dona Viça Frota, “moça fina e educada” da época. Ampla, bem arejada, e recuada dos alinhamentos a residência, em estilo neoclássico, janelas em arco pleno, colunatas e adornos, destacava-se das demais construções da época por possuir banheiro em seu interior. A varanda, por sua vez, é emoldurada por três arcos sustentados por colunas. O imóvel manteve o uso residencial até 1924, quando foi vendido à prefeiaté 1937 e o antigo fórum até 1998. Hoje é sede do Juizado Especial Civil . Embora bastante alterado, sobretudo no tocante a seus vãos e divisórias internas, ainda matem seu aspecto imponente e sóbrio.

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SEDE DO RACIONALISMO CRISTÃO

Av. Santa Cruz.

O imóvel, onde hoje funciona a sede do Racionalismo Cristão, provavelmente foi construído na década de 20 para uso filosófico-religioso, sinônimo do espírito progressista da cidade, na época. Nos anos de 1990 o imóvel foi reformado. Sua importância prende-se ao fato de estar localizado em uma das primeiras e mais importantes vias de comunicação da cidade, vias essas que ainda conservam exemplares significativos da época de sua abertura.

racionalismo


CASA DA CIDADE / CÂMARA MUNICIPAL
Praça Governador Valadares, 11 - (antigo largo da Matriz) - Propriedade: municipal

Segundo prédio construído na cidade, em finais do século 18 e símbolo do ecletismo, movimento que traduzia a força e o poder da riqueza gerada pelo café, o edifício teve sua construção iniciada pelo Major Matheus Tavares da Silva, rico cafeicultor local e primeiro presidente da Câmara Municipal da época. A obra atraía a atenção dos passantes pelo seu porte e grande número de janelas. Construído de alvenaria de tijolos, o casarão possuía também paredes divisórias de pau-a-pique. Em 1905, depois da morte do major Tavares, o imóvel foi adquirido pelo empresário Roque Rotundo, que instalou o térreo uma loja que atendia toda a região até meados dos anos 60. Depois de curto período com outro uso, o imóvel passa a ser sede da Cooperativa dos Cafeicultores de Varginha, até a construção da nova sede da entidade, na Vila Paiva. O velho casarão, então sem uso e abandonado, começou a se deteriorar, culminando, em 1993, com inicio do desmoronamento do telhado e das paredes. Em 1995, o poder público municipal adquire o imóvel e inicia as obras de adaptação e recuperação, sob coordenação dos arquitetos Valéria e Otávio Gontijo e, em 1996, o casarão é entregue de volta à população. Passados quatro meses, no entanto, seu novo uso ainda não havia sido definido, pondo em risco, uma vez mais, seu estado de conservação. Finalmente, em 1997 passa a funcionar como sede do poder legislativo municipal, abrigando a Câmara de Vereadores.

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ESCOLA ESTADUAL AFONSO PENA

Praça Roque Rotundo, 86 (antiga Praça da Bandeira) - Propriedade: estadual

Construído em estilo neoclássico tardio e inaugurado em 1924, então prefeito José Augusto de Paiva, o edifício se destaca pela sua fachada monumental e bem trabalhada, onde fica evidenciada a diferenciação da arquitetura pública civil. Ainda mantém o uso original que lhe garantiu o título de primeira escola pública a ser construída na cidade. Implantada nos limites da via pública, a edificação apresenta um único pavimento sobre porão alto, característica que trazia maior salubridade às construções. O telhado é encoberto por platibandas, de quatro águas, com telha de barro sobre estrutura de madeira. Os detalhes mais ornamentais restringem-se à fachada frontal, bastante trabalhada, com 12 janelas simétricas de arco pleno ladeadas por falsas colunas ou pilastras e encimadas por faixas decorativas com motivos florais geométricos. O elemento decorativo central destaca-se e coroa o ponto médio da fachada.

afonso



TÚMULO “JOAQUIM PARAGUAI”

Cemitério Municipal

A partir de 1862, sob o governo de Francisco Solano López, o Paraguai transformou-se no único país da América Latina que podia ser considerado livre de qualquer tipo de colonialismo. À medida em que o tempo ia passando, o Paraguai se fortalecia economicamente, transformando-se em uma grande ameaça para a Inglaterra. Por outro lado, tanto o Brasil quanto a Argentina estavam interessados em algumas áreas de terra do Paraguai.O motivo para que estourasse uma guerra ocorreu em 24 de novembro de 1864, quando Solano López rompeu relações com o Brasil, apresou o navio brasileiro “Marquês de Olinda” e invadiu o Mato Grosso.Estava declarada a guerra. Foi então que o Governo Brasileiro ordenou que a convocação de soldados para a guerra se fizesse com a maior urgência.Ao saber da honrosa convocação, o jovem Joaquim Francisco Pereira não exitou em abandonar seus afazeres na pitoresca freguesia de Varginha e embrenhar-se numa batalha da qual, talvez, não retornasse com vida.Por toda a redondeza, o maior comentário que se ouvia era sobre a coragem do jovem Joaquim. Como havia um grande número de pessoas na época com o mesmo nome, logo passaram a referir-se a ele como o Joaquim do Paraguai. Embora tendo nascido em Airuoca, Joaquim Francisco Pereira, também chamado Joaquim Paraguai, decidiu viver em Varginha, depois de voltar de sua experiência na Guerra do Paraguai. Viveu na nossa cidade até sua morte, ocorrida em 1932. Seu túmulo construído em tijolo, revestido em mármore branco, com base retangular em blocos de pedra. É desprovido de ornatos, obedecendo ao modelo convencional dos túmulos mais simples.O corpo do bravo brasileiro está enterrado em cova rasa. 

tumulo



THEATRO MUNICIPAL CAPITÓLIO

Av.Presidente Antonio Carlos, 522 - Propriedade: municipal

Idealizado pelo industrial Jose Navarra o Theatro foi construído pelos irmãos Antonio e Celestino Pires. Os elementos decorativos da fachada e do interior, característicos do período eclético, são atribuídos ao italiano Alexandre Valatti. Sua inauguração ocorreu, com toda a pompa que a circunstância exigia, em outubro de 1927 e, durante um bom tempo, o teatro servia como sala de espetáculos e como cinema. Na década de 70, funcionou apenas como cinema e iniciou um grande período de decadência, que culminou com o encerramento de suas atividades. No inicio da década de 80, o teatro foi submetido a amplas obras de reforma e recuperação, com a construção de novos camarins, sanitarios,substituição de tubulação elétrica e hidráulica, reparos e pintura em geral.Atualmete passa por uma grandiosa reforma e será reaberto em 2010.

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ESTAÇÃO FERROVIÁRIA

Praça Matheus Tavares, 85 - Propriedade: municipal

Varginha foi grandemente beneficiada coma mudança de traçado da Estrada de Ferro Muzambinho, depois de nove anos de lutas em prol da construção, impulsionada por Matheus Tavares da Silva, entre outros, o primeiro trem chega à cidade em 1892, ano em que a cidade foi elevada á categoria de comarca, trazendo grande impulso à cidade, juntamente com a imigração italiana. A primeira estação de manobras funcionava em vagão, estacionado no mesmo local onde hoje se encontra a Estação definitiva. No início da década de 30, começou a construção de uma nova sede para a Estação que já não comportava os serviços, em julho de 1934, é inaugurada a nova Estação, com projeto dos engenheiros Armindo Paione e Brás Paione. Em 2002 a Prefeitura Municipal adquiriu o imóvel, hoje o prédio foi transformado em mais um novo espaço cultural abrigando a Superitêndencia da Fundação Cultural, a Coordenadoria Técnica do Patrimônio Cultural - COPAC, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural – CODEPAC e a Biblioteca Pública Municipal.

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HOSPITAL REGIONAL

Av. rui Barbosa, 158 – Propriedade Estadual

A epidemia da Gripe Espanhola trouxe à tona a fragilidade e a carência médico-hospitalar de Varginha. Não havia um lugar adequado para o atendimento aos doentes. Pessoas caridosas, ajudadas pelos Irmãos Maristas fizeram um mutirão para atender aos doentes. Infelizmente, muitos morreram, ficando provado que a cidade necessitava urgentemente de um hospital. Foi então que, em 1919, iniciou-se uma campanha para a construção do hospital da cidade. Em primeiro de agosto de 1923 a cidade encontrava-se empolvorosa. Afinal, havia chegado o grande dia. Finalmente o Hospital de Varginha seria inaugurado. Com a evolução da cidade, a necessidade de uma maternidade era visível. Então, em 31 de março de 1953, foi inaugurada a Maternidade do Hospital Regional do Sul de Minas. O alívio estampado nos rostos das senhoras da cidade era evidente, afinal, a maternidade colocava fim à tantos anos de penúria e sacrifícios. À medida em que o tempo ia passando, percebia-se que a maternidade apresentava-se insuficiente para atender o número cada vez maior de pacientes que procuravam seus serviços. Então, no ano de 1962 , da espontânea iniciativa do Lions Clube de Varginha nasceu uma obra gigantesca: a ampliação da Maternidade do Hospital Regional de Varginha. Atualmente, o Hospital conta com clientes particulares e de outros convênios. A ajuda financeira que o Hospital vem recebendo do Município de Varginha impediu que o mesmo fechasse definitivamente as suas portas.

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ANTIGA RESIDÊNCIA DONA VICA FROTA

Pça Governador Valadares, 141 - (Antigo Largo da matriz) - Propriedade: particular

Um dos primeiros imóveis do então Largo da matriz, atual Praça Governador Valadares, estima-se que essa construção já existisse no ultimo quartel do século 19, por iniciativa do senhor João Urbano de Figueiredo. Posteriormente foi reformado para a residência de Dona Viça Frota, então proprietária do palacete da Avenida Antônio Carlos (antigo fórum). O imóvel pode ser classificado mais como neoclássico do que como eclético, pela presença de platibandas (escondendo o telhado frontal), elementos decorativos, pilastras e cimalhas. Um alpendre guarnecido por gradis de ferro batido, acompanha o generoso jardim situado à esquerda do observador. A praça onde se localiza o imóvel é rica em exemplares dessa época e mantém até hoje o gabarito uniforme (altura das edificações), responsável pela sensação de agradável acolhimento que local inspira. No final dos anos 80, o imóvel foi adquirido e restaurado pela Embratel. Atualmente o imóvel é de propriedade particular.

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PARQUES E PRAÇAS TOMBADOS

PARQUE NOVO HORIZONTE

Praça do Lago, s/n°- Novo Horizonte - Propriedade: municipal

Implantado próximo ao parque Zoobotânico e ocupando área de 27 mil m² (quase três hectares), o parque Novo Horizonte foi criado em 1987. A grande área do parque é, mais uma vez, resultante da visão ecológica do criador do parque Zoobotânico, Dr. Mário Frota que, ao construir o loteamento do bairro Novo Horizonte, procurou manter como área de preservação permanente aquele grotão, a nascente e sua mata envoltória. Com sensibilidade, o arquiteto Aristides Martins, em 1987, executou um projeto de um parque para aproveitamento dessa área, tirando partido de suas belezas naturais. Toda a sua estrutura ecológica foi respeitada e a nascente existente- como tantas que brotam nos grotões da cidade- abastece o grande lago central, circulando por uma trilha para caminhadas. Sua mata nativa foi enriquecida com algumas espécies exóticas e abriga um grande número de aves e pequenos animais silvestres. De qualquer forma, de grande beleza natural, o parque logo se transformou em pólo aglutinador das atividades de lazer da comunidade varginhense.

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PARQUE FLORESTAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Av. Ruth de Carvalho- São Francisco - Propriedade: Municipal

Em 1976, uma grande área municipal de mata natural de 60 hectares, situada junto ao Bairro São Francisco, foi declarada, por lei municipal, Parque Florestal Municipal. Em 1982, a área foi ampliada para 110 hectares e denominada Parque Florestal São Francisco de Assis, Santo protetor da fauna e da flora. Como cobertura vegetal, o parque tem um misto de árvore de cerrado e de campo, com grande número de espécies nativas e madeiras de lei. Toda essa vegetação abriga várias espécies de animais de pequeno porte e aves típicas da região. Sem dúvida, outra riqueza do parque são as inúmeras minas, formando ribeirões, que são captados e ajudam no abastecimento de água da cidade. O Parque é centro de pesquisas, estudos e educação ambiental para a cidade, sendo visitado por escolas do município e da região.

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PRAÇA DOM PEDRO II - (Jardim do Sapo - antiga Pça do Pretório

Propriedade: municipal

Importante ponto de encontro de várias gerações, sobretudo quando a Igreja Matriz ainda estava voltada para o antigo núcleo urbano, a Praça Dom Pedro II foi um dos primeiros recantos de lazer da cidade. Por volta de 1910, com a intensa religiosidade da cidade, a praça era utilizada como celebração de um dos passos da Via Sacra. Foi na administração do prefeito Major Evaristo Soares que Varginha começou a ganhar ares mais modernos. Em 1915, a praça foi então totalmente remodelada, com a inauguração de um belo jardim com coreto, retirada do pretório e a colocação de grades em toda a sua volta. Havia também um pequeno lago, com presença de um grande número de sapos, dando origem ao cognome, carinhosamente utilizado até hoje (jardim do sapo). Hoje, as grades e o lago não mais existem, mas a praça continua tendo um importante papel na malha urbana. Árvores de grande porte, gerando grandes áreas de sombra, forração agradável e variada e os postes de iluminação em ferro garantem a tranqüilidade e o caráter aprazível do local. O coreto, embora não original, também ajuda a compor esse recanto. Em diversas ocasiões, até os anos 80, o coreto da Praça Dom Pedro II recebeu seresteiros da cidade. Um detalhe importante neste local é que os imóveis do entorno não interferem na visibilidade da praça, pelo contrário, com exceção de um edifício de apartamentos, a grande maioria dos imóveis foi construída até a década de 1960, mantendo o mesmo gabarito e escala.

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PARQUE ZOOBOTÂNICO DR. MÁRIO FROTA - Antigo Parque Zoobotânico Bravo da Câmara

Rua Petrópolis, s/n°- Jardim Petrópolis - Propriedade: municipal

Parque Zoobotânico Municipal surgiu em 1963 com a iniciativa do médico Dr. Mário Frota de comprar um terreno para abrigar os animais do Gran Circo Africano, na época em dificuldades financeiras. A inauguração do mesmo se dá em 1966 com a construção dos primeiros recintos de animais e em 1967, a área é declarada de utilidade pública. O parque ocupa uma área de quase 5 hectares (44.000 m²) e abriga por volta de 50 espécies, atingindo cerca de 350 animais. Em 1971 celebra-se o acordo de cooperação com o Instituto Estadual de Floresta, o parque é pavimentado e recebe da Rede Ferroviária a Maria Fumaça, até hoje no local. Batizado originalmente de Parque Zoobotânico Bravo da Câmara, em menção ao aviador varginhense que, junto com o Dr. Frota, participara de várias missões na Amazônia, o parque muda de nome, em 1981, após a morte do Dr. Mario Frota, em homenagem ao sábio médico, sempre preocupado com as questões ambientais. Dr. Frota sempre dizia que “homem e natureza eram uma unidade indissolúvel e que toda vez que se volta contra a natureza, o homem acaba voltando-se contra si mesmo”. O zoológico foi adquirido pela prefeitura Municipal e esta área, sem dúvida, constitui-se ainda em uma das mais aprazíveis da cidade.

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PARQUE CENTENÁRIO

Av. Oswaldo Valadão Rezende s/n°- Centenário - Propriedade: municipal

Ocupando uma área de 175.600 m² (17,5 hectares), o Parque Centenário foi criado em 1992,. A área já era propriedade do poder municipal e há tempos, a população local vinha solicitando sua transformação em parque urbano. Mais uma vez comprova-se o acerto da prefeitura em aproveitar uma área de preservação permanente, remanescente de loteamentos, como área livre em prol da coletividade. A área conta com uma pequena mata natural e abriga três nascentes, que alimentam o seu grande lago central e as duchas para crianças. Outros equipamentos urbanos como bancos, sanitários, mesinhas além de caminhos e trilhas transformaram essa área em outro belo parque urbano.

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BENS MÓVEIS TOMBADOS


ESTÁTUA DA DEUSA VÊNUS”

Entre 1859 e 1881, a Vila de Varginha entrava no seu período de evolução. A construção das obras das primeiras entidades públicas tomava fôlego. Com a vinda de várias famílias para cá, crescia o número de casas. Em 1914, com a chegada da luz elétrica, os antigos hábitos varginhenses de colocar cadeiras nas calçadas de suas casas, para conversar com compadres e amigos, praticamente foi abandonado. A população aproveitava a iluminação para uma prosa mais alegre na praça. À medida em que Varginha evoluía, fazia-se necessário embelezar a Avenida Rio Branco – “Coração da Cidade”. Começaram então pela praça principal, localizada na mesma avenida. Contudo, na década de 20, ao construírem um lago para esta praça, resolveram colocar no mesmo a Estátua de Deusa Vênus – uma vez que estávamos no limiar da República, por que não colocar uma figura feminina que realçasse os ideais positivistas? Diante de uma severa sociedade que não tolerava intimidades entre namorados, restava aos mesmos o discreto jogo de olhares que, em muitos casos, tempos depois, levou vários corações apaixonados ao altar. Estátua da “Deusa de Vênus”, enfeitando a praça da Av. Rio BrancoVênus – deusa do “Amor” – não poderiam ter feito escolha melhor. Durante muitos anos ela foi a cúmplice de namoros proibidos e amores cinematográficos. Também foi a mãe protetora que zelava pelas crianças que ali sempre brincavam.Apesar de estática, por muitos anos a Estátua da Deusa Vênus permanecerá viva em nossas mentes, num jogo lúdico sempre povoará nossas mais singelas lembranças. A Estátua fundida em cimento, cal e areia recoberta com uma mistura de pó de mármore e resina polyéster imitando um marmorizado em tons cinza.

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MONUMENTO DR. ANTONIO PINTO DE OLIVEIRA

Praça da Avenida Rio Branco

Em 23 de junho de 1928, minutos depois da meia noite, vitimado por uma “angina Pectoris”, falecia o Dr. Antonio Pinto de Oliveira em sua residência, à Av. Rio Branco, em Varginha. O povo que o venerava pelas suas excelentes qualidades de espírito e de coração, por sugestão do Monsenhor Leônidas João Ferreira, ergueu-lhe uma estátua inaugurada exatamente dois anos após o seu transpasse, em 23 de junho de 1930, na Av. Rio Branco, com a assistência de altas autoridades, colégios, representações de classe e do povo, acontecimento esse, fartamente noticiado e ilustrado com fotos das solenidades, pela Imprensa do País. Os artistas da Casa de Arte Decorativas de São Paulo idealizaram e modelaram com capricho a Estátua, que realmente é uma obra de arte, merecedora de elogios e admiração, eles se esforçaram-se para que a figura do Dr. Pinto, modelada em bronze, tivesse perfeitos traços de semelhança.

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BENS MÓVEIS INVENTARIADOS e INTEGRADOS no MUSEU MUNICIPAL


COFRE DO BANCO DO BRASIL

Faz parte da estrutura do imóvel e era usado para guardar dinheiro e documentos.  O cofre foi instalado em uma das laterais do salão da antiga agência, no primeiro pavimento do edifício, com uma porta de grade e outra grossa de chapa de ferro, pesando cerca de uma tonelada. Suas medidas são 4,30 metros de altura, 3,60 de comprimento, 2,40 metros de largura e a parede tem a espessura de 20 centímetros e meio. A porta possui 16 centímetros de espessura, com 46 centímetros de largura e 2,10 metros de comprimento. No seu interior, hoje, encontram-se as antigas máquinas de somar, moedas antigas, medalhas, banners com a história das moedas. Na parte superior encontram-se prateleiras. A moeda mais antiga exposta no interior do cofre é uma de 40 réis, do Governo Imperial de D. Pedro I. Os banners contam a história da moeda, sendo que o primeiro mostra as mercadorias usadas como dinheiro: o pau-brasil, pano de algodão, fumo, zimbo (tipo de concha utilizada nas trocas entre os escravos). O segundo banner mostra o controle da extração de ouro; o seguinte traz a criação do Banco do Brasil e outro apresenta as patacas, moedas que circularam por 139 anos. O quinto banner vai mostrar a inovação na fabricação das moedas e, por fim, a história das moedas de 1942 até o dias de hoje.


PIA BATISMAL

A Pia Batismal da antiga Matriz do Espírito Santo, que data do ano de 1914, em mármore e bronze, com a técnica de escultura e fundição. A Pia Batismal foi esculpida em três partes: bacia, fuste e base, trabalhada em mármore de cor avermelhada com manchas brancas,  característica natural de pedra.  A coluna é lisa e simples.  A bacia ou pia é dotada de tampa fundida em bronze, com três níveis de altura e puxador em forma de bola do mesmo material, que tem como finalidade isentar a água de impurezas.  As três partes são encaixadas uma na outra. Não possui nenhum datalhe de alto ou baixo relevo. No seu interior encontra-se uma divisão em mármore branco, sendo que um lado possui orifício para escoação da água que sai em um cano de ferro localizado na junção bacia/fuste.  Essa divisão no interior da bacia serve, de um lado, para a água lustral, que servirá para a aspersão e, do outro, para escorrer da cabeça dos neófitos.  Uma não pode juntar-se à outra.  Anexada no fuste encontra-se uma placa de alumínio, com os dizeres e datas dos doadores da pia.   A Pia tem finalidade de se verter a água utilizada no Batismo, um dos sete sacramentos da Igreja Católica.  Antes de sua função litúrgica, passa pela operação da bênção, cerimônia que o ritual manda fazer no Sábado Santo.  Sua regra rígida, a de construção em pedra, tem o  caráter de perpetuidade. A Pia, como já foi dito, era integrada à antiga Matriz do Espírito Santo que foi completamente destruída na década de 1970, restando a Pia Batismal como memória.


ALTAR

O altar que pertencia à antiga Igreja do Rosário, construída no local onde atualmente é o VTC-Varginha Tênis Clube.

A primitiva Igreja do Rosário era localizada pouco acima da Matriz, tendo sua construção se iniciado no ano de 1845, através de donativo do Capitão Antônio José Teixeira e erigida com mão-de-obra escrava.  Em 1913 esta construção foi demolida para ser reconstruída na altura do Varginha Tênis Clube, recebendo a bênção em 24 de outubro de 1914.  Ali ficou pouco tempo, tendo sido transferida para a Praça Melo Viana.  Os motivos dessa mudança, não há documentos históricos que os apontem. O altar, ao qual nos referimos, foi encontrado em meio aos escombros, esquecido entre tantos outros objetos pelo Senhor João Batista de Souza, que o guardou por muitos anos em sua residência  Em 1942 a Igreja do Rosário já se encontrava na Praça Melo Viana. A primeira Igreja do Rosário, situada pouco acima da Matriz, foi demolida para se fazer a abertura da Avenida São José. O altar é uma peça em madeira com duas colunas arqueadas, entalhe em “L”, que saem juntas da base (frente) e se separam na parte superior, formando um arco ogival de ponta cabeça.  A parte superior da peça sustenta um tampo de madeira.  A técnica usada na sua feitura foi corte, colagem, entalhe e montagem.  Mede 1,41 cm de comprimento, l,14 de altura e 24 cm de largura.


LINGUAGEM CULTURAL

Tombado- significa inventariado, registrado, colocado sob guarda para conservar e proteger bens, móveis e imóveis, de interesse público. Art-deco- foi um movimento popular internacional de design de 1925 até 1939, que afectou as artes decorativas, a arquitectura, design interior e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Renque- conjunto de objetos ou pessoas dispostos na mesma linha, fila, fileira, ala. Platibandas- Designa uma faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.


Arco- designa um elemento construtivo em curva que é arredondado, normalmente e geralmente em alvenaria, que emoldura a parte superior de um vão (abertura, passagem) ou reentrância suportando o peso vertical do muro em que se encontra.


Pujança- Grande força, poderio, superioridade, grandeza, magnitude.


Capitéis- é a extremidade superior de uma coluna, de um pilar ou de uma pilastra, cuja função mecânica é transmitir os esforços para a coluna.


Estilo neoclássico- é o estilo de arte que se desenvolve na Europa baseado em exemplos da Grécia e da Roma Antigas. Inicia-se na década de 1750 como reacção aos caprichos excessivos do Rococó e impôs-se a partir de 1770.


Arco pleno- arco de volta perfeita, arco de volta inteira, arco de meio ponto ou arco romano- são arcos que formam um semicírculo inteiro, apoiados em duas extremidades e fechados por uma única pedra em forma de cunha, que pressionava os demais.


Colunatas- na arquitetura clássica, é uma longa sequência de colunas ligadas em entablamentos, que frequentemente constituem um elemento autónomo, como na famosa colunata curva elíptica que Gian Lorenzo Bernini desenhou para a envolvente da Basílica de São Pedro no Vaticano.


Neoclássico tardio- é um estilo arquitetônico fruto da reunião de elementos do estilo colonial (predominante nas construções durante boa parte da história do Brasil).


Platibandas- Designa uma faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.


Quatro águas- um telhado de quatro águas, a grosso modo significa, que do espigão (que é o ponto mais alto), até o ponto mais baixo, haja quatro divisões, proporcionando, quatro quedas de água, em sentidos distintos.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Acervo da Coordenadoria Técnica do Patrimônio Cultural de Varginha - COPAC

Tombado- significa inventariado, registrado, colocado sob guarda para conservar e proteger bens, móveis e imóveis, de interesse público. Art-deco- foi um movimento popular internacional de design de 1925 até 1939, que afectou as artes decorativas, a arquitectura, design interior e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Renque- conjunto de objetos ou pessoas dispostos na mesma linha, fila, fileira, ala. Platibandas- Designa uma faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.