Coordenadora Educacional da SEMEC participa do I Seminário Nacional de Educação Integral
Foto: Priscilla Bibiano e Jaqueline Moll (Diretora da Educação Integral do MEC)
Aconteceu em Brasília, de 18 a 21 de maio, o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O encontro foi aberto oficialmente às 19h30min, na Academia de Tênis, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad que afirmou que o modelo de educação integral proposto pelo programa Mais Educação pode vir a ser elemento fundamental na transformação do ensino no Brasil. “Com a ampliação das oportunidades educacionais, a escola passa a formar cidadãos críticos e criativos”, disse.
O objetivo do seminário é avançar na formulação de políticas públicas na área da educação integral. Hoje, 2,1 milhões de estudantes estão matriculados em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal. O programa Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. Este ano, já foram habilitadas 9.907 escolas do ensino fundamental e 135 do médio. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões. Varginha é um dos municípios contemplados.
Haddad lembrou que o Mais Educação teve como precedente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque o fundo diferencia o valor repassado para matrículas em escolas regulares daquele destinado às unidades de educação integral — estas recebem 25% a mais. “Se não fosse o mecanismo do Fundeb, os entes federados talvez não conseguissem sustentar a educação em dois turnos”, ressaltou.
Para a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, o Mais Educação pode apontar caminhos para transformar o padrão arquitetônico e pedagógico e o de ensino-aprendizagem da escola. “O programa é capaz de apontar o que é o currículo de uma escola contemporânea, com outro projeto arquitetônico, com outro uso do tempo. Temos a obrigação de apontar o novo”, disse.
Na visão da secretária, o modelo tradicional de escola não tem condições de formar essa geração de alunos que recebem tanta informação. De acordo com ela, não basta que professores transmitam conteúdo. Eles devem trabalhar com todas as formas de informação e ajudar a aprimorar o espírito crítico dos estudantes, assumir o projeto de educação integral da escola, de maneira que as atividades estejam atreladas ao currículo para que tenham sentido educativo.
A Presidente do Consed – Conselho Nacional de Secretários de Educação, Professora Velise Freitas de Souza Arco-Verde diz que “a educação de tempo integral é uma realidade. Porém, temos que transformá-la em política pública em nosso país. Precisamos de profissionais preparados e para isso é preciso envolver as entidades formadoras para preparar pessoas diferentes com formação diferente”.
Cerca de 800 profissionais, entre coordenadores do programa Mais Educação de municípios, estados e Distrito Federal, representantes de universidades públicas e parceiros do MEC participam em Brasília do Seminário Nacional do Mais Educação.
Durante a programação, os participantes trocaram experiências através de debates que abordaram temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento; colóquios que trataram do programa em relação à educação no campo, aos direitos humanos, às pessoas com deficiência; além de grupos de trabalho e plenárias.
Para Priscilla Bibiano, Coordenadora Educacional de Educação Não-formal do município e agora Coordenadora do Programa Mais Educação, o evento é demonstração que o país está avançando no debate teórico da educação não-formal, fundamento da educação integral de qualidade, o que implica em reconhecimento por parte dos gestores educacionais da necessidade de instaurar novas metodologias para que a transformação da educação no Brasil aconteça. “A palavra integral significa inteiro, completo, total. Portanto, defender uma educação integral, é defender uma educação completa, que pense o ser humano por inteiro. A educação formal não dá conta da educação integral do ser humano se o considerarmos na multiplicidade de suas dimensões. A educação formal tem se responsabilizado pelo desenvolvimento cognitivo dos educandos, mas a quem cabe educar as dimensões estética, sensorial, filosófica, emocional e ética?” questiona a coordenadora.
Normalmente confundido com a simples ampliação da carga horária, o conceito de educação integral é muito mais amplo, salienta Priscilla Bibiano. “A extensão da jornada escolar deve ser acompanhada de outros aspectos necessários para promover a formação integral de crianças e adolescentes. A idéia, portanto, não é fazer com que as crianças fiquem o dia inteiro na escola, mas que ocupem outros espaços de aprendizagem que sejam enriquecedores para o seu desenvolvimento como cidadãos plenos. Daí nossa certeza da importância de que Varginha caminhe rumo à proposição de Cidade Educadora, na qual todos os espaços são considerados educativos”.
A Secretária Municipal de Educação e Cultura de Varginha, Heliana Vinhas, ressalta a importância da adesão do município ao Programa do Governo Federal. “O MEC tem feito proposições inovadoras, o Mais Educação é uma delas, Varginha fica feliz em fazer parte desse avanço tão significativo na educação de nosso país”.
Na rede municipal de Varginha 136 alunos da Escola Municipal Professora Maria Aparecida Abreu participarão das atividades da Educação Integral.
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